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Your cart is empty. “Mãe, a senhora precisa se libertar destas pessoas. A senhora não deve nada pra elas. Não tenha medo de encarar esse povo que nunca limpou a própria privada.”
Solitária conta a história de duas mulheres negras, Mabel e Eunice, mãe e filha, que moram no trabalho, um condomínio de luxo desses encontrados em qualquer grande cidade brasileira. Eunice, a mãe, é testemunha-chave de um crime chocante ocorrido na casa dos patrões. Mabel, a filha, constrói o caminho que leva não apenas à elucidação deste crime, mas a uma mudança radical na vida das pessoas que cercam as protagonistas.
Em prosa ágil, intensa e assertiva, Eliana Alves Cruz constrói uma miríade de histórias que revolve o imaginário do trabalho doméstico no Brasil ― ainda tão vinculado à época escravocrata ― e o relaciona a questões contemporâneas urgentes como a pandemia, o debate sobre ações afirmativas e a luta por direitos reprodutivos.
Testemunho de uma crucial mudança de sensibilidade no espírito de nosso tempo, Solitária dá provas do quão urgente se tornou elaborar ― sem meias palavras ― não apenas a história, mas as sobrevidas da escravidão colonial. Ao fazê-lo, mostra como é possível enfrentar o desafio moral e ético de abordar essas experiências de vida sem replicar gratuitamente a violência que a sustenta nem reencenar nenhum pacto oculto de subalternidade. É um romance libertação.
Jamille Ferreira Maia
Reviewed in Brazil on March 4, 2025
Livro lindo, leitura leve, sem rodeios, prende a gente.
Maria das graças Ferreira da Silva
Reviewed in Brazil on January 21, 2025
Um livro que conta a realidade e a cara do trabalho doméstico no Brasil. Vendo a desvalorização, exploração... uma visão bem realista que trás questionamentis e reflexões sobre tantas coisas. Gostei muito do livro! Leitura fluida. Li bem rápido.
Gisele
Reviewed in Brazil on January 14, 2025
Livro impactante. Excelente escrita, narrativa bem construída que dá vontade de ler de uma vez só. Uma obra necessária!
jéssica
Reviewed in Brazil on April 16, 2025
livro incrível, a escrita é facil de ler e compreender, e a historia é emocionante, chorei em várias partes do livro e saber que no fim tudo dá certo pra familia me deixa feliz. amei demais, já recomendei pra todo mundo que conheço.
Priscila Tavares
Reviewed in Brazil on November 6, 2023
"Sei que eu, no fundo, não era um quarto. Eu era uma solitária. Uma prisão, um lugar destinado a apartar do mundo e do restante dos viventes"Esta frase mexeu comigo. Utilizando a personificação para dar voz ao quartinho da empregada, eu entendi a escolha do título para essa obra grandiosa. Entendi a dor de tantas mulheres submetidas a condições de trabalho precárias ou sub humanas; a dor de não pertencer, a dor de ser "invisível".Aqui conhecemos a história da empregada doméstica Eunice e sua filha Mabel, que começa com um acidente terrível que só será revelado nos capítulos finais.Em razão da doença da mãe e do alcoolismo do marido, Eunice se vê obrigada a dormir no emprego - um quartinho minúsculo dentro da luxuosa cobertura de seus patrões - e ainda por cima, carregar a filha de apenas 4 anos.A primeira parte da história é contada sob o ponto de vista de Mabel e narra seus sentimentos perante a filha mimada do casal, suas descobertas de adolescência até entrar para a faculdade de medicina e "se libertar".A segunda parte é narrada com os fluxos de consciência de dona Eunice e revela toda a angústia dessa mãe trabalhadora que luta dia após dia pelo futuro de sua filha à sombra daquela família rica e superficial.Que narrativa envolvente, fluída e gostosa de ler! Parecia que eu estava numa roda boa de conversa, ouvindo alguém contar sobre sua vida, tamanha a simplicidade e verossimilhança deste enredo. Uma história singela sim, mas carregada de reflexões e emoção. Sim, eu chorei nas páginas finais, quando os quartos ganham vida e revelam ao leitor o desfecho dessa história."Não há paz enquanto se habita o tumultuado quarto de despejo - seja ele real ou metafórico".@leioeresenho
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